18 de jun. de 2010

Presente.



Era vermelha a caixa. vermelha e grande. Tudo bem. Não há nada de tão surpreendente nisso. Afinal, a maioria das caixas de presentes tem essa cor. Mas o vermelho é minha cor preferida. E eu me recuso a acreditar que seja mera coincidência. Sempre fui assim. Sempre escolhi acreditar na sorte. Escolhi entender a conspiração e a inspiração. Escolhi fazer pedidos às estrelas. Escolhi apostar nessa idéia romântica de que, em algum canto por aí, você vê a mesma lua, na mesma hora que alguém. Escolhi brincar de bem-me-quer nas margaridas sem me lembrar que existe mal-me-quer. Escolhi te encontrar nos livros, nos sons,versos,cartas, traços,riscos e rabiscos.
Procurei o lugar mais bonito para abrir o que era nosso. Nosso caso precisava de cena e de cenário. E assim, facilmente, viraria história de filme. (Se é que já não era).
Examinei primeiro a sua letra que preenchia os campos de destinatário e remetente. Seus traços tortos (pra mim, perfeitos), seu nome, sobrenome. De dentro da caixa saiu um amor visível. Tudo, nos mínimos detalhes, me agradava. Já não me lembro do que foi que vi primeiro. Cada surpresa continha, em si, um carinho enorme que brilhava tanto que cegava os olhos. O amor estava em todos os cantos, inclusive em mim.


O seu sorriso eu vou colocar na estante. Pra eu ter um dia melhor. -TM

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